No dia 03 de outubro, todos os brasileiros maiores de 16 anos são convidados a se dirigirem à sua sessão eleitoral para ajudarem a escolher os futuros governantes do país, ou seja, escolher o presidente do Brasil, o governador do Estado, os senadores da República e os deputados federais e estaduais.
Ciente da importância deste momento para a melhoria das condições de vida do povo da região, aproveito a oportunidade para fazer algumas considerações. Faço-as em base à Cartilha assinada, entre outras entidades, pelo Conselho Nacional dos Leigos do Brasil e pelas Pastorais Sociais ligadas à CNBB.
O pressuposto é de que o nosso voto “tem conseqüências para a vida do povo e para o futuro do país”. Por isso, além de votar em candidato “ficha limpa”, precisamos olhar a capacidade e as convicções do candidato. Olhar para as intenções que movem a pessoa a se apresentar como candidato e se seus princípios estão em sintonia com os princípios que orientam a minha vida. Jamais deveremos dar o nosso voto a alguém pelo simples fato de nos haver favorecido em alguma coisa ao longo da vida.
A Igreja Católica, conforme afirmação de Bento XVI, “não pode e nem deve tomar nas suas próprias mãos a batalha política”. Por isso ela não apresenta candidatos, mas incentiva seus membros “a que se engajem na ação política e participem da vida pública, assumindo funções legislativas e administrativas que se destinam a promover, orgânica e institucionalmente, o bem comum” (Deus Caritas est, nº 28). Pede que não sucumbam à tentação de afirmar que “não adianta votar pois, todos são iguais e nada vai mudar”. A nossa história oferece bons exemplos de lutadores pela conquista da democracia. Entre os atuais candidatos existem várias pessoas idôneas que são movidas pelo real desejo de colaborar na construção de uma sociedade justa, próspera e fraterna, e que são merecedoras da nossa confiança.
Para nos ajudar a definir o voto, apontamos alguns princípios que estão na cartilha acima citada:
1. Examinar as idéias e os valores que o candidato defende.
2. Examinar os projetos do candidato e confrontar com os projetos do partido ao qual ele está filiado.
3. Votar em candidatos cujas propostas defendam a dignidade da pessoa humana e da vida. Projetos que ajudem a construir a cultura da paz, através da inclusão social e da proteção das pessoas contra as diversas formas de violência.
4. Escolher candidatos comprometidos com a diminuição do desemprego, com programas de apoio às famílias de baixa renda e com a questão ecológica.
5. Candidatos que incluem em seus programas o cuidado com a infância, o combate à prostituição infantil, a educação escolar de qualidade, os direitos dos idosos...
6. Candidatos comprometidos com a construção da sociedade plural, onde os direitos humanos sejam respeitados.
Aproveitemos os dias que nos separam do dia 03 de outubro para nos informar sobre a vida e os projetos dos candidatos, para que nosso voto seja consciente e que no futuro não precisemos nos arrepender por termos dado o nosso voto a esta ou aquela pessoa.
Dom Canísio Klaus
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