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quinta-feira, 19 de novembro de 2009

ANO SACERDOTAL

O Papa Bento XVI, para celebrar o 150º aniversário da morte de São João Maria Vianney, o Santo Cura D’Ars, anunciou o Ano Sacerdotal, que teve sua abertura no dia 19 de junho deste ano, na festa do Sagrado Coração de Jesus e Dia Mundial de oração pela santificação dos sacerdotes. O tema é: “Fidelidade de Cristo, fidelidade do sacerdote”.
Com esta proclamação o Santo Padre nos convida ao aprofundamento de nossa identidade presbiteral e sua consequente missão junto ao querido povo de Deus.
O Cardeal Dom Cláudio Hummes, Prefeito da Congregação para o Clero, acerca da proclamação do Ano Sacerdotal, nos diz que “os sacerdotes são importantes não só pelo que fazem, mas também pelo que são.” Esta afirmação nos leva a refletir, sobretudo, sobre a nossa configuração a Cristo, ao qual somos vinculados pela imposição das mãos do Bispo e pela oração consecratória no dia de nossa ordenação presbiteral.
O sacerdócio ministerial, por força da ordenação conferida, vincula de forma radical e íntima, a pessoa do sacerdote ao próprio Cristo. Portanto, o sacerdote não pertence a si mesmo, mas ao Cristo e, consequentemente, à sua missão. Assim, pelo poder conferido, forma e rege o povo sacerdotal, realiza o sacrifício eucarístico na pessoa de Cristo e o oferece a Deus em nome de todo o povo.
O ministério ordenado é uma vocação carismática particular. O Espírito Santo concede esta vocação a alguém e esta vocação converte-se em função. Um carisma que se converte em ministério. Ratificado após a imposição das mãos do bispo, o presbítero é chamado a assumir o ministério hierárquico na Igreja como serviço aos irmãos.
Esse ministério surgiu na geração apostólica quando os apóstolos se preocuparam pela continuidade das comunidades. Assim como não poderia existir comunidade primitiva sem apóstolo, da mesma forma não pode existir comunidade cristã sem Padre.
A ordenação presbiteral confere um carisma para guiar a Igreja. A ordenação não é um mero reconhecimento de um carisma pré-existente ou a mera instalação num cargo. A ordenação confere sacramentalmente um carisma e um cargo: não há carisma sem cargo e nem cargo sem carisma!
Os pastores – pela ordenação – tornam-se vínculos da Igreja, cabendo-lhes operar pela comunhão dentro da comunidade eclesial sob sua responsabilidade, entre ela e as demais, entre a Igreja e a humanidade. Sua função de guias desenvolve-se em três direções fundamentais: a evangelização (dentro e fora da comunidade), a comunhão recíproca das Igrejas, a unidade interna de cada comunidade.
Os pastores presidem à edificação da comunidade cristã, que se faz pela missão (envio), pela palavra, pela ação pastoral, pelos sacramentos, especialmente a Eucaristia. Naturalmente, quem preside não assume todas as funções; pelo contrário, anima e coordena uma comunidade dotada de inúmeros outros carismas, serviços e ministérios. É o sacerdócio ministerial a serviço do sacerdócio comum a todos os fiéis, pois pelo Batismo todos participam da dimensão sacerdotal de Cristo.
Sua posição à frente da Igreja identifica os pastores, porém a Igreja também necessita dessa presidência para sua própria identidade. Com efeito, a Igreja precisa perceber-se como “convocação” por uma palavra que não vem dela, mas do Outro; precisa perceber-se como “enviada em missão” nos apóstolos, por Cristo, pelo Pai; precisa fazer a experiência do “ministério de Cristo”, na palavra revelada e nos sacramentos, sobretudo a Eucaristia, cuja presidência cabe a quem preside a comunidade e, para isso, foi devidamente ordenado; precisa perceber sua dimensão “escatológica” antecipada nos múltiplos sinais do Reino, mormente na palavra e nos sacramentos.
Numa eclesiologia de comunhão, podemos concluir que os cristãos e seus pastores são irmãos iguais em dignidade (cf. Mt 23,8-12; LG 32); diferentes quanto aos carismas, serviços e ministérios, entre os quais e à frente dos quais está o ministério pastoral, responsável pela unidade, santidade, catolicidade e apostolicidade da Igreja; solidários na responsabilidade de evangelizar o mundo e de edificar a Igreja sobre o único fundamento que é Jesus Cristo (cf. 1 Cor 3,11).
Pe. Erli Lopes Cardoso
Secretário Provincial – Brasil Norte

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